CONTATO

PARA CONHECER OU COMPRAR MEU LIVRO, "EXÉRCITO NA SEGURANÇA PÚBLICA", ACESSE:
http://www.jurua.com.br/shop_item.asp?id=22065

sábado, 29 de agosto de 2009

BAGÉ-RS: A "PASÁRGADA" DOS NEGROS BRASILEIROS


Ontem, em Bagé, em frente à prefeitura, encontrava-se o palanque das autoridades, montado para a cerimônia de comemoração do Dia do Soldado. Para muitos - com certeza - foi mais uma cerimônia militar. Entretanto para mim, que tenho mais de quinze anos de Exército, aquela solenidade foi singular. Olhando para o palanque, eu senti uma emoção indescritível, pois as autoridades em destaque eram o General e o Bispo. Você que está lendo pode, neste momento, estar questionando: o quê tem de tão interessante para ele classificar como algo singular? Respondo: nada em relação ao fato de um General e um Bispo serem enaltecidos como autoridades em uma solenidade, mas TUDO quando estes são NEGROS.


Eu me incluo - "ousadamente" - como uma pessoa do movimento negro, apesar de não fazer parte formalmente de nenhum. Ali, naquele momento, eu vi consolidado o maior objetivo dos movimentos negros brasileiros: os negros fazendo parte, de forma efetiva, do poder. Posso ser questionado quando afirmo que o Brasil tem o pior racismo do mundo, que é o racismo camuflado, entretanto é inconteste o fato de que os negros brasileiros ainda não têm espaço no "Poder". Tomando por base que a população de Afrodescendentes já representa 51%(maioria) da população brasileira, esses dois são desprezíveis estatisticamente. Como exemplo, trago à baila o fato do Exército já ter tido milhares de generais, destes o número de negros não chega a dez. Outro fator bastante relevante para despertar minha emoção é que em Bagé-RS, diferentemente de Salvador-BA (cidade onde fui criado), a grande maioria da população é de descendência európeia.


Meus amigos, aqui em Bagé, a auto-estima das crianças negras é diferente dos demais locais do Brasil, pois elas são acostumadas a verem o negro no poder e em posições de destaque na sociedade, pois, além do fato acima – que classifiquei de singular -, foi aqui que nasceu Alceu Colares, o primeiro governador negro do Brasil, juntamente com Albuíno Azeredo (ES), eleito em 1990.


Pasárgada é tido por Manoel Bandeira como um paraíso, pois ele afirmava nos seus versos:
"Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
(...)
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
(...)"


Em Bagé, as duas instituições consideradas indeléveis -Exército e Igreja Católica- são comandadas por NEGROS (General Padilha e Bispo Dom Gílio). Desejo muito que, em breve, o fato do NEGRO BRASILEIRO está inserido no PODER seja algo normal, mas enquanto isso não acontece: Bagé vai sendo a "Pasárgada" dos NEGROS BRASILEIROS!










terça-feira, 25 de agosto de 2009

PORQUE SOU A FAVOR DAS COTAS RACIAIS


Nos últimos anos, venho tendo a oportunidade de dialogar com brasileiros de todas as regiões e classes econômicas sobre a questão das cotas raciais. Independente da região ou o local que a pessoa ocupa no segmento sócio-econômico brasileiro, as que são contrárias às cotas raciais têm as mesmas indagações: “por que as cotas não são para os pobres? Ou, as cotas não são anticonstitucionais, pois discrimina os que não são afrodescendentes? Ou, as cotas não são racismo às avessas?”. Entendo estes questionamentos como algo natural, entretanto debater em cima destes questionamentos não seria uma discussão muito superficial sobre algo que é muito complexo?


Quando os contrários ao sistema de cotas raciais afirmam que o justo seria ter cotas para pobres para deslegitimar as cotas raciais, declinam de alguns pontos históricos imprescindíveis para compreender uma questão complexa. Os afrodescendentes – termo que não tem unanimidade entre os defensores das cotas – são descendentes de escravos que vieram para o Brasil da forma mais cruel e desumana que possa existir. Eles eram separados de suas famílias de forma bárbara e nunca mais tinham notícias dos seus familiares. Atualmente, alguns telejornais têm o quadro “desaparecidos”, onde pessoas desesperadas buscam, incessantemente, por algum familiar que desapareceu. Quem não se comove com aquelas pessoas que procuram seu pai, sua mãe, sua irmã ou seu filho? Pois bem, os africanos eram presos e tinham sua família dizimada sem nem ter o direito de sonhar um dia poder encontrar com aquele filho que foi tido em parto complicado ou com aquela mãe que perdeu várias noites cuidando da saúde de sua prole.


No continente africano, quando os futuros escravos eram capturados, os feitores faziam questão de mandar cada membro da família para um lugar ou país diferente, a fim de evitar que tivessem apoio para aumentar a resistência à escravidão. Note-se que eu falo do continente africano, pois os brasileiros afrodescendentes, diferentemente dos brasileiros descendentes de outros continentes, não sabem nem qual o país que pertenceram seus ascendentes. No Brasil há descendentes de alemãs, italianos, portugueses, espanhóis, japoneses, chineses e outros mais, entretanto não se têm descendentes de um determinado país africano, pois todos os capturados eram jogados nos diversos navios negreiros e estes passavam em vários países africanos e tinham como destino diversos países da América Latina. Sendo assim, os brasileiros afrodescendentes desconhecem os países de origem de seus ascendentes e, principalmente, independente de qualquer sentimento, são brasileiros em conseqüência de uma história abominável de extermínios, segregação e escravidão, a qual seus ascendentes foram submetidos de forma obrigatória, diferentemente dos ascendentes de outros locais, que vieram de forma espontânea e muitos receberam terras quando aqui chegaram. Este é o primeiro ponto que as pessoas, que defendem cotas para pobres, em detrimento das cotas raciais, esquecem.


Poderia escrever inúmeros feitos dos negros para o enriquecimento do Brasil, como no cultivo da cana-de-açúcar, algodão, café e em outras atividades, entretanto o segundo ponto que vou destacar, que é ignorado ou ocultado pelas pessoas que são contrárias as cotas, é a participação do negro na defesa, na conquista e na consolidação do solo pátrio-brasileiro.


No ano de 1648, aconteceu à primeira Batalha dos Guararapes, que é considerada a batalha gênese do Exército brasileiro, que foi a batalha que expulsou os holandeses de Pernambuco. Dentre os líderes da batalha de Guararapes, destacou-se Henrique Dias. Ele era negro e recebeu a patente de governador dos crioulos, negros e mulatos do Brasil. Travou combates com os holandeses em Pernambuco, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte, não perdendo sequer uma batalha.

Henrique Dias estabeleceu-se numa estância no contorno do Recife e da cidade Maurícia que era a mais próxima dos inimigos. Ficava tão perto dos holandeses que, às vezes, o duelo não era com munição e sim com palavras de desafio e injúria. Da sua estância, ele realizou várias investidas importantes contra os batavos. O local foi atacado diversas vezes pelos flamengos, porém eram sempre rechaçados.


Com a rendição do Recife, em 1654, Henrique Dias, ao contrário de outros militares que combateram os holandeses, não recebeu as recompensas que lhe eram devidas, tendo que viajar a Portugal, em março de 1656, para requerer a remuneração atrasada dos seus serviços. Passou seus últimos anos em Pernambuco, morrendo em extrema pobreza no dia 8 de junho de 1662, no Recife, sendo enterrado por conta do Governo em local desconhecido. Se o governador dos crioulos, negros e mulatos teve este fim, como deve ter sido o fim dos demais negros que lutaram, neste período, em prol da defesa do Brasil?


Rafael Pinto Bandeira é tido como um dos maiores nomes na consolidação das fronteiras da região sul do Brasil, pois ele foi o comandante das tropas que expulsaram os espanhóis da região sul do Brasil. Rafael Pinto Bandeira era tido como um comandante muito generoso com seus comandados, pois ele tinha o hábito de doar parte das terras conquistadas em batalhas para os seus seguidores, entretanto nada foi dado aos negros e estes foram os maiores responsáveis pelas vitórias conquistadas por Rafael Pinto Bandeira, conforme pode-se depurar do depoimento de um sargento espanhol que lutou à época: eles destemiam a morte e eram invencíveis nas batalhas. Os negros, que aqui bem pertinho da onde estou neste momento, Bagé-RS, no Forte de Santa Tecla, foram imprescindíveis na expulsão dos espanhóis do território brasileiro de Santa Catarina até o extremo Sul do Brasil. Ah... isso não se acha nos livros de História do Brasil, pois mais uma vez o negro não teve seus valores reconhecidos e os benefícios da sua labuta ficaram para os brancos.


Revolução Farroupilha foi uma revolução que teve negros lutando pelos dois lados e o “inacreditável” aconteceu, foram eles os únicos perdedores, mesmo estando em lados opostos. A Revolução Farroupilha objetivava a criação da “República do Rio Grande”. Um dos líderes das tropas revolucionárias era o general Netto, que conseguiu, através da promessa da criação da república, onde todos os homens seriam iguais em direitos e não haveria mais escravidão, ter vários negros libertos e escravos fugidos compondo seu exército motivado pelo sonho da liberdade. Do lado imperial, que tinha como escopo acabar com a revolução, destacava-se a figura de Caxias como o grande comandante das tropas legalmente constituídas. O seu exército também tinha escravo lutando motivado pelo mesmo objetivo, o da liberdade após a batalha. Terminada a batalha, os revolucionários não-negros ganharam terras e alguns benefícios; já os negros, os que não morreram em combate, ficaram moribundos ou foram perseguidos pelas forças imperiais, pagando caro pela frustração do sonho de liberdade. Já os negros do lado imperial, os que sobreviveram ao combate, foram incorporados, obrigatoriamente, as fileiras do exército, pois foi a única saída vislumbrada por Caxias para que eles não voltassem à condição de escravos. Ao término da batalha, Caxias recebeu a ordem para mandar os negros para a fazenda imperial em Petrópolis e vislumbrando que eles voltariam à condição de escravo, Caxias reengaja-os nas fileiras da Força. Conforme pode-se depurar, a Revolução de Farroupilha não teve tropas derrotadas e sim etnia, pois mais uma vez os negros foram as únicas vítimas de um sistema brasileiro perverso e discriminante.


Quanto a Guerra do Paraguai, deixo aqui registradas as minhas escusas a todos os negros que tombaram ou sobreviveram na Guerra do Paraguai, onde foram tratados como verdadeiras “buchas de canhão”, por não tecer comentários mais detalhados sobre eles. Negar o racismo no Brasil é apagar da história brasileira a resistência imposta por João Cândido (“Almirante Negro”) que só no ano passado (quase cem anos depois da Revolta da Chibata) foi homenageado com um monumento na Praça XV na cidade do Rio de Janeiro (aproveito a oportunidade para parabenizar todos os cariocas por esta mais do que justa homenagem); é ignorar que na primeira metade do século XX, existia lei que proibia o ingresso de negros na escola de oficiais do Exército; é fingir que nunca existiu na história brasileira a “política do embranquecimento”; é chamar de farsa a história de vida, do mais recente cidadão baiano, Abdias Nascimento que com seus 95 (noventa e cinco) anos é uma lenda viva da resistência contra o racismo da nossa sociedade; é questionar as inqüestionáveis pesquisas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que mostram as disparidades dos salários entre brancos e negros que ocupam o mesmo cargo; negar o racismo no Brasil é negar a existência de mais da metade da população brasileira que são descendentes de africanos, que vieram para o Brasil como propriedade dos brancos e viveram o horror de serem escravizados, humilhados, degredados, açoitados e muito mais coisas que causam ojeriza a qualquer cidadão sensato; negar o racismo no Brasil é manter os entraves que impedem o nosso desenvolvimento com Nação. Logo, para ajudar a acabar com o racismo: RECONHEÇAMOS O RACISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA.


Uma vez reconhecido o racismo, não podemos deixar de discuti como amenizar as atrocidades seculares cometidas contra a população negra, como acabar com este “fosso” histórico que separa negros e brancos, daí surge a questão das cotas raciais, não só para dar sonho a quem nunca sonhou em ser um “DOUTOR”, mas também para da oportunidade a sociedade de terminar com o insulto social de achar que os negros jovens que andam com roupas caras, cordões de ouro, carros importados, não são doutores e sim marginais. Ah... por favor, não venham me dizer que o meu país é miscigenado – não existem brancos e negros e sim brasileiros – e que é eu que estou sendo preconceituoso e racista PORQUE SOU A FAVOR DAS COTAS RACIAIS!!!!!

COMENTÁRIOS DO CANTOR TONHO MATÉRIA SOBRE RACISMO


Meu amigo Capitão Marinho, ainda é vivo toda tenebrosa negação do negro na nossa sociedade racista, fria, calculista. E por isso, a Editora do Exército (BIBLIEX) reedita um livro intitulado “Não Somos Racista”, simplesmente é a reafirmação do tão conhecido por nós "Racismo Institucional". Começando por um órgão que sempre destruiu a nossa população negra em toda parte do universo aonde ela atua.Citado alguns exemplos por V.S. percebemos que a nossa sociedade ainda não se acostumou com esse real fato, tanto, que nos nega o tempo todo, seja em que área for.
Eu por exemplo, estou com meu carnaval de 2008 ainda sem ser pago pela Saltur/prefeitura, os ensaios que fiz no Pelourinho ainda não foram pagos pelo Pelourinho Cultural / DIRAC / Secretaria da Cultura, os Blocos de carnaval não me convidam para puxá-los, as rádios, principalmente, às da nossa cidade não toca a minha música e se isso acontecer tenho que gastar o que não tenho, ou seja, não existiremos para uma determinada classe ou sociedade. As empresas não patrocinam os nossos projetos a não ser se tenhamos de desenvolvê-los sobre comando e obediência. O governo quando cria EDITAIS não facilita para as camadas mais vulneráveis terem acesso às políticas social, cultural, economia, etc. Por isto, isso é, completamente, uma forma de negação e desarticulação onde o povo negro nunca terá condições de ter acesso a educação, já que todos eles falam abertamente em canais mediáticos que estão cuidando da educação do nosso país.
Como disse os nossos heróis da Revolta dos Búzios: “Há de chegar um tempo em que todos seremos iguais”. Acredito que esse tempo já chegou mais ainda de forma desigual, ainda não-configurada pela lente do poder.
Vi há pouco instante aqui na net que a apresentadora Xuxa escolheu um príncipe para fazer um par romântico com a sua filha, e conscientemente ela anuncia que todo homem branco dever manter vivo a realeza em que os jovens negros ainda de forma subliminar possam inconscientemente adotar esse modelo arcaico e imperialista de que não se tem príncipe nem anjo negros.
A nossa sociedade é uma sociedade capitalista, desonesta, nefasta e cheia de paradigmas voltados para seus próprios umbigos com uma visão e razão em que seremos sempre serviçais.
Venho ao longo do tempo estudando o comportamento e posicionamento de alguns dos nossos artistas negros em Salvador e claramente percebo que muitos deles quando estão fazendo parte de bandas famosas, eles são visto por alguns empresários como astros, pop star, figuras antropocêntricas e se iludem com o tão chamado “golpe” em que a banda só funciona por causa dele. Ligeiramente este artista resolve sair da banda e quer fazer carreira solo e é ai que se encontram no mundo do surrealismo. Caindo por muitas vezes no ostracismo.
Isso também acontece por uma questão de tratamento dado em determinados grupos de artistas e bandas negras que não preparam seus futuros heróis, símbolos, referencias para o campo deste Deus chamado de Mercado.
Nossas entidades negras, deixam a desejar e é por isso que figuras como meu compadre Guigiu, Lazinho, Tido, Jamoliva, Nem Tatuagem, Betão, Buziga, Rubi Confete, Germano, Isaac e tantos outros não são conhecidos e nem reconhecidos pela sociedade em geral. Há não ser pelo próprio ambiente em que circulam. Muitos ainda continuam andando de Ônibus pela cidade porque não conseguem ser bem remunerados por essas entidades. E de fato, perdem a credibilidade e a potencialidade de serem tratados como astros. Quando um jornal ou canal de TV desenvolvem um documentário ou uma entrevista com essas entidades, o cantor nunca se pronuncia, sempre faz a figura representativa muda, essas figuras deixam de fazer parte da gestalt em sua boa forma e os papeis são sempre e comumente investidos.
Vi com meus próprios olhos dirigentes dessas entidades terem seguranças particulares dentro das suas próprias quadras de ensaio enquanto os músicos saiam de madrugada sem nenhuma segurança e apoio moral. Então meu amigo, acredito que nunca iremos consertar e nem nos desfazer deste dilema racial, as nossas casas são invadidas pelos nossos meninos negros todos os dias e a mídia empurra a todo instante, canções “isso é se podemos chamar assim” em nossos guetos, comunidades, favelas que contribuem para a desinformação social e o maior “barato” disso tudo é que o tráfico de todo tipo, cada dia cresce em nossas aldeias. E isto já virou um câncer interminável. Porque a corrupção não faz mais parte da política, está inserida em todos os meios em que as relações sociais são inerentes as suas atribuições.
Sempre em minhas palestras eu pergunto aos jovens para falarem o nome de dez artistas negros na Bahia que são “sucessos”, aquilo que eles entendem como o “intocável” e ligeiramente eles não conseguem passar de dois ou três nomes. Isto é uma falha da nossa comunicação negra que também nos escondem em lençóis pretos pendurados na margem da escuridão.
Mais como disse Carlos Moore “A insensibilidade é um produto do poder” espero que o Exércitos e os nossos dirigentes negros em nosso Estado, possam criar novos modelos anti-racial a tornar mais ávido a nossa sociedade em relação as causas negras do nosso país ou cidade.
Em 2005 a UNESCO publico em seu site o artigo Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal 10.639/03. Que diz em seu resumo o seguinte:
“Um dos principais objetivos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), do Ministério da Educação, é oferecer aos profissionais de educação informações e conhecimentos estratégicos para a compreensão e o combate do preconceito e da discriminação raciais nas relações pedagógicas e educacionais das escolas brasileiras. Ao longo de 2004, foram realizados vários Fóruns Estaduais de Educação e Diversidade Étnico-Racial, no intuito de discutir a implementação da lei 10.639, sancionada em 9 de janeiro de 2003. Essa lei torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileiras, valorizando a participação do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Essa publicação irá ajudar a consolidar o caminho para a construção de uma luta anti-racista sólida no interior do país e na sociedade brasileira.

Quem irá escrever de fato a nossa história e como teremos acesso a essas informações já que é o próprio sistema quem irá editá-las?
Abraços,
Tonho Matéria.